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A Igreja em Atos – Uma Igreja Modelo

Tempo de leitura: 5 min

Escrito por Samuel Barbosa
em 30 de janeiro de 2011

O tipo de igreja que temos visto surgir hoje me faz pensar em que tipo de comunidade nós temos nos tornado. Somos uma comunidade de cristãos interessados em obter apenas as bênçãos do reino de Deus, queremos um evangelho caracterizado pelo “eu” (exemplo, quando cantamos a música: Olha pra MIM, Senhor) ou outras tantas músicas que se caracterizam pelo seu  caráter na pessoa e não em Deus, e nós temos trazido isso para dentro de nossas igrejas.

Existe um modelo de igreja, que deveria ser seguido, ou ser a base, para as igrejas atuais, algumas igrejas já partilham dessa base e aperfeiçoaram o seu modelo, outras, seguem incluindo em suas práticas atitudes que não refletem muito a mensagem de Cristo.

Para alguns líderes, a igreja está fazendo o seu papel quando, domingo após domingo, o pastor está pregando sobre salvação, sobre finanças, sobre bênçãos. Quando na verdade, a igreja só prega sobre isso, não atua, não colabora com o seu papel social, de ajudar os mais necessitados (inclua-se necessitados fisicamente e espiritualmente).

Atos 2.42-47
Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações.Todos estavam cheios de temor, e muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos.Todos os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum.Vendendo suas propriedades e bens, distribuíam a cada um conforme a sua necessidade.Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão em suas casas, e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração,louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes acrescentava todos os dias os que iam sendo salvos.

1. Somos UM

Crentes unidos; cuja comunhão se manifestava na vida fraternal, que é vista no comer juntos e no compartilhar dos bens para ajudar os necessitados;

A palavra comunhão, no grego do Novo Testamento, é koinonia. Esse termo também pode ser traduzido como participação e partilha.

Ao contrário do que vemos hoje, os cristãos da época se importavam uns com os outros. Muitos de nós sequer preocupamos como anda a vida do irmão, a não ser que ele conte, durante o culto de oração no meio da semana, que está passando por dificuldades (e ainda assim, raramente nos lembramos de orar por ele).

Essa passagem de Atos, especialmente o versículo 42, revela que a igreja primitiva:

1. estava disposta a aprender, pois perseverava na doutrina dos apóstolos, portanto, não se apartava do ensino;

Os crentes buscavam sempre mais conhecimento, procuravam manter o que Jesus havia ensinado aos 12 apóstolos.  Hoje, precisamos ler a Bíblia para que não caiamos em contos da carochinha, para nos manter “atualizados” sobre o que Deus espera de nós como igreja, afinal, a Bíblia é nossa única regra de fé e prática.

O apóstolo Paulo adverte mais a frente: Efésios 4.14: Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.

Um dos ensinamentos que tem se propagado por aí e que tem atigindo o meio batista algumas vezes, são as bênçãos. Não que os crentes não precisem delas, mais porque a forma como é buscada está errada. Algumas pessoas estão enfatizando as bênçãos como prioridade da sua vida, como diz Juliano Son, do Min. Livres para Adorar, as bênçãos tem se tornado o “bezerro de ouro” dos nossos dias. A prioridade da sua vida não deve ser a bênção, mais sim a glória do Reino de Deus. Não precisamos servir a Deus em troca da bênção. Precisamos servir a Deus pela glória do Reino. As bênçãos serão dádivas recebidas pelo serviço, e no tempo de Deus.

2. exercitava o amor, e esse era concretizado na comunhão dos santos, partilhando voluntariamente os bens com os necessitados;

3. cultuava a Deus, partindo o pão e nas orações, tanto no templo (formalmente) quanto nas casas (informalmente) (v. 46); e

4. propagava a Palavra de Deus, e através desta, pessoas se convertiam ao evangelho de Jesus Cristo (v. 47).

Ações sociais na igreja de Atos eram a marca da comunhão. Elas geravam o sentimento de amor no meio da comunidade, fazendo com que tivessem a simpatia de todo o povo.

Atividades que exercitavam a comunhão e o serviço, praticadas no meio Batista, hoje são raras de se ver, como:

1. Embaixadores do Rei;

2. Mensageiras do Rei;

3. Jovens Cristãs em Ação (JCA);

4. Grupo de Ação Missionária (GAM);

5. Mulheres Cristãs em Ação (MCA); – Esta por sinal, é a única que funciona em algumas igrejas, ainda assim com pouca participação.

6. União de Homens Batistas (UHBB); – Este aqui, raro de se ver. Quando alguns querem fazer funcionar, as reuniões são a base de churrasco. Bíblia que é bom, nada.

Essas organizações são modelos que fazem a igreja caminhar e crescer unida. Algumas igrejas tem aperfeiçoado a forma de trabalhar essas organizações, e por fim, surgem ministérios específicos para a comunhão da igreja. Ex: Ministério Cativar (Pib Araguaína), Pequenos Grupos (Sibapa).

As igrejas que não trabalham mais essas organizações e nem aperfeiçoaram o seu estilo de liderança, permanecem se reunindo (se é que se reúnem) como se fosse um culto de domingo a noite, com toda uma formalidade.

2. O Espírito Santo nos capacita para realizar os mesmos feitos da igreja de Atos

A obra do Espírito Santo é hoje tão eficaz na vida dos crentes como foi para os discípulos:
1. dá capacidade de perdoar o seu irmão;
2. dar poder para pregar e testemunhar a respeito de Jesus;
3. ensina o que deve dizer;
4. dar capacidade de servir;

Quanto a isso, não podemos duvidar. A igreja precisa dar ouvidos à voz do Espírito Santo e realizar atividades que engrandeçam o Reino de Deus. Sem o Espírito Santo guiando a igreja, teremos sempre igrejas falhas em algum quesito. O serviço precisa ser parte integrante da vida do crente, ser ativo, ser participativo, gerar idéias que possam transformar a comunidade a partir do bairro que está inserida.

Rogo para que igrejas, líderes e liderados, tornem-se um, pelo partir do pão, cantar e orar juntos, mas também pela parte social que toca na comunidade ao redor.

Por Samuel Barbosa
Alguns trechos extraídos do site Sabedoria do Alto

Nota: Não excluo o fato da igreja se preocupar com o seu próximo quando ocorre desastres naturais, como no Rio, Minas, São Paulo, Santa Catarina. Esse papel é essencial para a igreja. Atenha-se a realidade de igrejas locais, com uma comunidade que precisa ser amparada diariamente.

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